NOVOS MAPAS ALAVANCAM A ECONOMIA

Por 17 de setembro de 2016Highlights, Pesquisa

Glauco Arbix
Lucas Carvalho

A utilização de imagens de alta resolução tiradas da Terra por satélites está ganhando novos horizontes. Projeto conjunto entre a operadora de satélites DigitalGlobe e a Amazon, que fabrica os chips da NVIDIA, demonstra sua relevância e uso crescente. Os pesquisadores trabalham para que os computadores acoplados aos satélites sejam capazes de observar e gerar novas informações sobre nosso planeta. Para isso, projetam algoritmos capazes de interpretar imagens de alta resolução de modo a alavancar setores como o de mineração, energia, defesa, agricultura e navegação. O mapa da pobreza, já apresentado aos leitores de Hi Arbix dá uma ideia de como as novas técnicas podem impactar o mundo real.

No Brasil, iniciativas que utilizam imagens de satélites para resolução de problemas já existem há alguns anos, como no Sistema de Observação e Monitoramento no Brasil (SOMABrasil), desenvolvido pela Embrapa, que cruza dados geoespaciais de fontes diversas e contribui para o entendimento de mudanças e uso da terra. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) também monitora e gera alertas sobre o desmatamento e a degradação da floresta amazônica, assim como o Grupo de Estudos em Geoprocessamento da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri), que coloca à disposição dos agricultores um sistema que permite prever a tonelagem de cana e a variabilidade da biomassa a ser produzida áreas determinadas.

De acordo com Tony Frazier, vice-presidente da DigitalGlobe, a perspectiva é o treinamento de softwares para executarem tarefas precisas – como o mapeamento de estradas, construções irregulares, alterações especificas na infraestrutura urbana, assim como a mensuração dos materiais a serem utilizados.

Essas possibilidades, que estão se realizando, mostram a relevância e a força desses novos instrumentos e o seu potencial de impacto na produtividade e previsibilidade da atividade econômica. É tudo o que o Brasil precisa.

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