Torba Azenha
A edição de genes é uma tecnologia relativamente nova e nenhum outro método atualmente disponível é tão rápido, preciso e eficiente como CRISPR-Cas9. O método obteve um sucesso sem precedentes em vários campos, particularmente na medicina, permitindo, por exemplo, que cientistas editassem o HIV de organismos vivos.
Os chineses já usaram o CRISPR em um ser humano, e testes clínicos estão a todo vapor pelo mundo.
Vários debates e “brigas” acontecem envolvendo este sistema, desde questões éticas à patentes. Mas agora um estudo do Centro Médico da Universidade de Columbia (CUMC) está levantando algumas questões técnicas e fazendo uma séria advertência: o método pode levar a mutações não intencionais em um genoma.
O estudo sequenciou o genoma de camundongos tratados anteriormente com o CRISPR na tentativa de curar a cegueira. Eles procuraram todas as mutações possíveis, mesmo aquelas que podem ter mudado apenas um único nucleotídeo e descobriram mais de 1.500 mutações em um único nucleotídeo.
O CUMC não está sugerindo uma proibição por atacado do CRISPR. Em vez disso, os cientistas estão fazendo um alerta e exigindo um método mais claro para verificar mutações, eliminações ou inserções em genomas. Eles propõem que se faça um sequenciamento de todo o genoma, em vez de confiar em algoritmos de computador, que não detectaram nenhuma das mutações que descobriram na pesquisa.
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