ALGORITMOS ARQUITETOS

Por 16 de janeiro de 2017Highlights, Inteligência Artificial

Torba Azenha

O Elbphilharmonie, o novo centro de concertos de Hamburgo, Alemanha, foi inaugurado recentemente e está deixando todo mundo de queixo caído. Mas este projeto já foi alvo de muitas controvérsias e protestos. Custou US$ 876 milhões (10 vezes mais que o previsto) e demorou 9 anos e meio para ser concluído (6 a mais que o esperado). Nada comum para os padrões germânicos.

Os arquitetos Herzog e De Meuron usaram algoritmos para gerar uma forma única para cada um dos 10.000 painéis acústicos (de fibra de gesso) que se alinham às paredes do auditório, como as peças interligadas de um quebra-cabeça gigante.

Para projetar os painéis exclusivos, os arquitetos primeiro chamaram o famoso engenheiro acústico Yasuhisa Toyota, que criou um mapa de som ideal para o auditório. Depois entrou em cena o estúdio “One to One”, que, com base nos requisitos (beleza e qualidade acústica impecável), desenvolveu algoritmos para a produção dos painéis, cada um com uma forma e padrão únicos. Uma tarefa praticamente impossível para humanos.

Para alguns arquitetos, dar o controle às máquinas é assustador. Mas os painéis intrincados, funcionais e bonitos do Elbphilharmonie são mais uma prova que a colaboração da IA pode fazer bem à arquitetura.

Vale conhecer o auditório

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