CAVALO DE TROIA PARA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Por 14 de outubro de 2016Highlights, Inteligência Artificial

Torba Azenha

Novamente o gigante Google ganhou as manchetes. Agora se lançou, pela primeira vez, no mundo do “hardware” com os celulares Pixel e outros dispositivos. Num primeiro momento um detalhe ficou meio sem destaque. Na verdade, era o coração de tudo: o Google Assistant, um assistente pessoal movido à IA, talvez uma mostra do que nos espera no futuro.

As aplicações que utilizam algum tipo de IA existem às dúzias, hoje em dia. A inteligência artificial está movendo robôs, programas de conversão de voz em texto, carros, e fazendo tudo, desde a criação de trailers de filmes à composição de música. Mas, assim que os analistas olharam para as capacidades do Assistant, uma série de preocupações com a privacidade foram levantadas.

Diferentemente do sistema Echo da Amazon e do Siri da Apple, o Assistant aprende seus hábitos e atividades do dia-a-dia e realiza ações para te “servir”. Quanto mais ele sabe sobre quando e onde é utilizado, mais ele é capaz de ajudá-lo.

Com o lançamento desses “gadgets” o Google está dando início à construção de um grande portal onipresente, um pesadelo para a nossa privacidade, acusam os especialistas. E mais, dizem eles, uma interface que quer saber tudo sobre você e que está no seu bolso, no seu carro, na sua cozinha e no seu local de trabalho se assemelha muito com o “Big Brother”, aquele que George Orwell descreveu no seu clássico “1984”. Todo esse mapeamento individual pode servir para algo mais além de interesses comerciais.

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