PARA ELON MUSK, RENDA BÁSICA UNIVERSAL É INEVITÁVEL

Torba Azenha

Quando perguntado sobre os grandes desafios que a civilização vai ter que enfrentar no futuro próximo, no World Government Summit, em Dubai, Elon Musk destacou que a inteligência artificial e a automação causarão uma reviravolta tão grande no mundo do trabalho que os governos serão obrigados a adotar a UBI – Universal Basic Income.

Segundo ele, a automação impactará os empregos de tal forma que, em vinte anos, vamos ter algo em torno de 12 a 15 % da força de trabalho desempregada. Isso na área de transporte.
Mas o desemprego causado pelas novas tecnologias não se limitará apenas ao transporte, ele assolará uma série de indústrias e Musk argumenta que os governos devem apresentar um programa UBI para compensar isso. “Eu não acho que vamos ter escolha”, disse ele. “Eu acho que será necessário. Haverá cada vez menos empregos que um robô não possa fazer melhor “.
Estudos de duas grandes consultorias confirmam as preocupações levantadas por Musk ao mostrarem que a indústria de robótica está crescendo mais rapidamente do que o esperado. O BCG (Boston Consulting Group) está projetando, de forma conservadora, que esse mercado chegará a US$ 87 bilhões em 2025 e a Tractica está prevendo um mercado de US$ 237 bilhões até 2022.
Várias nações e instituições já iniciaram seus próprios programas para testar um modelo de UBI. A Finlândia, por exemplo, iniciou este ano seu programa, através da instituição federal de segurança social, a Kela (http://www.kela.fi/ ). Ele dará € 560 por mês, isentos de impostos, para 2.000 finlandeses que foram selecionados aleatoriamente. Da mesma forma, a empresa filantrópica do fundador do eBay, Pierre Omidyar, investiu US$ 493 mil para financiar um programa de renda básica universal no Quênia.

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