ROBÔS REDEFINEM A COMPETITIVIDADE

Torba Azenha

O avanço dos robôs está reconfigurando todo o sistema de produção industrial. Na última década, a base instalada de robôs cresceu mais de 2% ao ano, praticamente alinhada com o crescimento da produção industrial. Nos países em que a robotização é mais forte, quatro setores industriais concentram o grosso da automação: computadores e eletrônicos, equipamentos elétricos, equipamentos de transporte e máquinas (bens de capital). Mais de 80% dos robôs produzidos são vendidos e utilizados em apenas cinco países: China, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.

As previsões sugerem que o avanço das tecnologias e a rápida queda do custo médio dos robôs prenunciam um salto para uma taxa de crescimento da robotização para 10% ao ano, já na próxima década: até 2025, as previsões indicam vendas de 500 mil robôs (contra cerca de 200 mil, em 2014). Nesse patamar, o potencial total da indústria começaria a ser preenchido, com o acesso à robótica de médias e pequenas empresas.

O impacto sobre mercado de trabalho está longe de ser animador. Nos países avançados, enquanto um soldador ganha cerca de US$ 25 por hora (com benefícios), o custo de um robô para desempenhar a mesma função fica em US$ 8 a hora (incluindo instalação, manutenção, software e hardware).

Os sistemas de robótica avançada, com sensores sofisticados que podem ver e sentir objetos, agora já não são mais segregados dentro da fábrica, dados os riscos de segurança. É crescente o número de fábricas em que os robôs já trabalham junto das pessoas, e desempenham funções compartilhadas e cada vez mais complexas.

Os fabricantes especializados em robótica crescem e apostam em equipamentos de baixo custo, que podem ser instalados, mantidos e reprogramados facilmente para executarem tarefas múltiplas tarefas.

Se você quiser mais informações sobre essa tendência, leia o último relatório do Boston Consulting Group.

 

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