Torba Azenha
O governo alemão, através de seu Ministro da Economia, foi duro. Diz que quer parar aquisições indesejadas de empresas estratégicas (robótica, IA e outras) estatais ou parcialmente estatais por países não europeus.
Isso é resposta às recentes aquisições de duas empresas de ponta alemãs, a Kuka, pelos chineses, da Grohmann Engineering, pelos norte-americanos e ainda a compra (pendente) da Osram Licht AG pela San’an Optoelectronics Co., por € 5,7 bilhões, que dará acesso à China às 18 mil patentes registradas pela empresa de iluminação “high-end”.
O que está acontecendo na Alemanha é reflexo do que muitos países estão experimentando: um medo que potências estrangeiras ganhem tecnologias, patentes e domínio do mercado em áreas de tecnologia de ponta.
As empresas norte-americanas começam a esboçar uma estratégia que eles chamam de “georobótica” (para não serem acusados de protecionismo, que tanto combatem, quando praticados por outros) que pressionará o governo por mudanças nas regulamentações, que incluem novas regras de proteção da propriedade intelectual, de acesso ao mercado global e de segurança.
Esse protecionismo (estratégico) já começou, sem muito alarde. Em outubro, a Alemanha vetou a aquisição pelo Fujian Grand Chip Investment Fund da Aixtron SE, empresa alemã de equipamentos semicondutores. O motivo? Autoridades nos EUA “mostraram” para os alemães provas de que os produtos Aixtron poderiam ser usados pela China para fins militares.
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