MUITO PERTO DA VIDA ARTIFICIAL

Por 4 de dezembro de 2017Destaque, Highlights, Pesquisa

Torba Azenha

Em um passo importante para a criação de vida artificial, pesquisadores dos EUA desenvolveram um organismo vivo que incorpora DNA natural e artificial e é capaz de criar proteínas sintéticas inteiramente novas.

O estudo foi publicado na Nature e aproxima os cientistas do desenvolvimento de proteínas feitas em laboratório.
A equipe do Scripps Research Institute em La Jolla, Califórnia, comandada por Floyd Romesberg, biólogo químico, já havia demonstrado, em 2014, que é possível expandir o alfabeto genético do DNA natural além das quatro letras atuais: adenina (A), citosina (C), guanina (G) e timina (T). Cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, a vida na Terra evoluiu para ter apenas essas quatro letras em seu código genético. Elas são as bases do DNA e “dão” as instruções para a produção de proteínas em todos os organismos. Os cientistas americanos criaram uma bactéria com duas bases não naturais, chamadas X e Y.
“A façanha é significativa”, disse Floyd em entrevista, “é a primeira mudança na vida já feita, embora criar novas formas de vida não é o ponto central. Estamos interessados em usar este alfabeto genético expandido para criar novos tipos de proteínas que possam ser usadas para tratar a doenças”.

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