Torba Azenha
A população de espécies polinizadoras está em declínio em todo do mundo. No Brasil, um estudo da Poli-USP mostra acentuada queda da polinização. Os pesquisadores avaliaram 95 polinizadores de 13 culturas agrícolas. Concluíram que quase 90% dos 4.975 municípios analisados enfrentam perda dessas espécies. Nos próximos 30 anos (a continuar essa tendência) o quadro será alarmante.
O impacto na agricultura já começa a ser sentido. Na China, fazendeiros estão polinizando suas pereiras à mão.
Embora as razões pelas quais as abelhas estão sendo exterminadas ainda não sejam bem compreendidas (aquecimento global e pesticidas são as hipóteses mais sugeridas), pesquisadores de todo mundo, temendo o pior, já fazem testes para tentar descobrir meios artificiais de polinização.
No Japão, cientistas do Instituto Nacional de Ciências Industriais Avançadas, em Tsukuba, estavam buscando novos usos para substâncias pegajosas chamadas géis iónicos e tiveram a ideia de usá-los para construir um polinizador artificial. Simples e barato.
A equipe comprou drones (de 100 dólares) e depois adicionou pedaços de crina na parte inferior. Depois de pinta-los com os géis, os drones estavam prontos para agarrar e liberar grãos de pólen.
Outros também trabalham com a ideia de usar drones na polinização. A Intellectual Ventures, administrada pelo ex-Microsoft Nathan Myhrvold, requereu patente para polinizadores com planos de voo informatizados.
No vídeo abaixo, uma equipe de cientistas poloneses mostra como está trabalhando com as “abelhas mecênicas”.
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