Torba Azenha
As universidades públicas do Brasil são as maiores depositantes de patentes de invenção. É uma situação pouco comum essa que acontece no sistema de ciência e tecnologia do país. Na maioria dos países desenvolvidos são as empresas, e não as universidades, que mais registram pedidos de patentes.
O setor privado brasileiro (com exceções, é claro) mostra que ainda é avesso a riscos e que não colocou a inovação na sua agenda, apesar das patentes serem, basicamente, um bem industrial. Esses dados (ver quadro) também deixam claro que as empresas não estão participando decisivamente do esforço de P&D no país, que ficou a cargo da universidades.
A Lei de Inovação, de 2004, determinou que todas as instituições de ciência e tecnologia do país formassem Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT), e a Agência de Inovação Inova Unicamp se tornou referência entre as universidades brasileiras.
Apesar de ter mais de 1.000 tecnologias protegidas ativas e ter licenciado 131 delas para empresas, o investimento de universidades em patentes e no licenciamento de tecnologias não se justifica pelo potencial retorno financeiro, mas pela criação de um ambiente de inovação ao redor da instituição.
A Agência USP de Inovação também se destaca. Há 15 anos requeria entre 5 a 10 patentes e hoje chega a 60 e 80 pedidos anuais.
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