Torba Azenha
Antes de computadores existirem, os dados eram processados na Nasa por mulheres, muitas vezes mulheres negras. Elas eram muito mais do que simples calculadoras. Na verdade, as realizações de Katherine Johnson (e muitas outras) mostradas no filme Hidden Figures (estreia prevista no Brasil em fevereiro com o nome “Estrelas Além do Tempo”) foram parte importante no sucesso da Nasa.
Vale a pena conhecer 3 dessas mulheres:
Dorothy Vaughan
Era professora de matemática do ensino médio com 32 anos em 1943, durante a 2ª Guerra, quando começou a trabalhar como matemática no laboratório aeronáutico de Langley, que estava correndo para fazer aviões de combate mais rápidos e econômicos. Para processar a montanha de dados dos túneis de vento e outros experimentos, eles precisavam de pessoas capazes de realizar operações de grande complexidade. Encontrou-os em “computadores humanos”, mulheres como Vaughan.
Em 1949 ela foi a primeira negra a ocupar um cargo de chefia: a primeira supervisora negra do Naca (National Advisory Committee for Aeronautics), mais tarde Nasa.
Mary Jackson
Como matemática, e mais tarde, engenheira, Mary Jackson trabalhou em aviões supersônicos experimentais, analisando como o ar fluía sobre cada parte dos aviões (até nos rebites!) e fazendo ajustes meticulosos para reduzir as forças de arrasto. Em 1958, ela se tornou a primeira engenheira negra da Nasa.
Miriam Mann
Ela começou a trabalhar como um computador humano em 1943, pensando que ela iria ficar apenas durante o esforço de guerra. Mas Mann ficou – ao contrário da placa no refeitório que estampava “Colored Computers” e obrigava as mulheres negras a usarem uma mesa dos fundos. Ela tirou a placa e causou uma rebelião que abalou o departamento.
Ela ainda estava no laboratório de Langley quando os primeiros computadores eletrônicos foram instalados, trabalhando na mecânica das manobras espaciais.
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