Torba Azenha
A China investe mais de 2% do PIB em pesquisa, uma proporção bem maior que as grandes nações europeias. Mas somente 5% vão para a pesquisa básica. O restante é investido em desenvolvimento de tecnologia para aplicações comerciais.
Xi Jinping, o líder chinês, foi duro com a comunidade científica em recente reunião: “Nossos fundamentos em pesquisa e tecnologia continuam fracos. Nós ainda estamos abaixo de outros países, que têm o controle do cerne das tecnologias chave em várias áreas”.
De fato, muitos avanços impressionantes produzidos na China foram mais desenvolvimento de tecnologias de outros países, como as novas ferramentas para a edição genética do CRISPR, do que produção científica própria.
Xi Jinping tem bastante cacife na sociedade chinesa e quer bancar mudanças neste quadro. Para isso, já começou a derrubar travas burocráticas e a incentivar pesquisas originais.
O ocidente, que já assiste a massiva produção das pesquisas como suporte à indústria, aguarda quando (e não se) os chineses vão apresentar os resultados dessa, que agora tornou-se para valer uma política de estado.
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