SONDA INOVADORA (E BRASILEIRA) DETECTA VAZAMENTOS DE PETRÓLEO NO MAR

Por 14 de novembro de 2016Highlights, Pesquisa

Torba Azenha

Os três principais problemas que as plataformas de produção de petróleo enfrentam no caso de vazamentos são a detecção rápida, a localização do ponto exato e o rastreamento da mancha de óleo na água do mar. Vazamentos significam danos ambientais graves e grandes prejuízos financeiros.

A ideia de construir um sistema que pudesse resolver esses 3 problemas nasceu como um projeto pessoal de Pasquale Rosa, da cunhada Beatriz da Silveira Rosa (engenheira mecânica) e de seu pai, Francisco Adolfo Rosa (engenheiro civil) com a notícia da catástrofe de 2010 no Golfo do México onde mais de 5 milhões de barris de petróleo vazaram devido a uma explosão de uma plataforma da British Petroleum.

O programa da FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) aprovou, em 2013 a proposta de desenvolvimento da sonda SMAA7 (Sistema de Monitoramento Ambiental Aquático) e articulou o envolvimento de outros cientistas nas pesquisas.

A sonda, que está sendo construída pela Seip7 Indústria e Comércio de Máquinas (de Sorocaba – SP), tem como um de seus maiores atrativos o baixo custo. Consiste em uma cápsula formada por uma base e um flutuador dotado de sensores que medirão as propriedades de condução elétrica e transparência da água à sua volta no ambiente submarino. Quando uma alteração nas características da água o flutuador da sonda se desprenderá da base e irá até a superfície para transmitir um sinal de emergência.

Como a tendência da indústria petroleira é processar o óleo no fundo do oceano (subsea factory), o que reduz custos e riscos da operação, o SMAA7 representa uma solução de detecção de vazamento bastante atrativa.

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