Torba Azenha
Os três principais problemas que as plataformas de produção de petróleo enfrentam no caso de vazamentos são a detecção rápida, a localização do ponto exato e o rastreamento da mancha de óleo na água do mar. Vazamentos significam danos ambientais graves e grandes prejuízos financeiros.
A ideia de construir um sistema que pudesse resolver esses 3 problemas nasceu como um projeto pessoal de Pasquale Rosa, da cunhada Beatriz da Silveira Rosa (engenheira mecânica) e de seu pai, Francisco Adolfo Rosa (engenheiro civil) com a notícia da catástrofe de 2010 no Golfo do México onde mais de 5 milhões de barris de petróleo vazaram devido a uma explosão de uma plataforma da British Petroleum.
O programa da FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) aprovou, em 2013 a proposta de desenvolvimento da sonda SMAA7 (Sistema de Monitoramento Ambiental Aquático) e articulou o envolvimento de outros cientistas nas pesquisas.
A sonda, que está sendo construída pela Seip7 Indústria e Comércio de Máquinas (de Sorocaba – SP), tem como um de seus maiores atrativos o baixo custo. Consiste em uma cápsula formada por uma base e um flutuador dotado de sensores que medirão as propriedades de condução elétrica e transparência da água à sua volta no ambiente submarino. Quando uma alteração nas características da água o flutuador da sonda se desprenderá da base e irá até a superfície para transmitir um sinal de emergência.
Como a tendência da indústria petroleira é processar o óleo no fundo do oceano (subsea factory), o que reduz custos e riscos da operação, o SMAA7 representa uma solução de detecção de vazamento bastante atrativa.
Deixe seu comentário