Torba Azenha
A nChemi entrou num mercado até então dominado por algumas poucas empresas no mundo, o das nanopartículas customizadas. A startup, sediada em São Carlos, SP, está desenvolvendo nanopartículas de óxidos de metal que podem ter aplicação em diversos setores. Os produtos podem ser aplicados, por exemplo, em embalagens (dando-lhes maior proteção contra umidade e oxigênio), em tintas para superfícies metálicas (proteção contra corrosão), contraste para exames por ressonância magnética e em tintas nanoestruturadas para uso em eletrônica impressa (células fotovoltaicas orgânicas flexíveis).
A produção de nanopartículas em escala industrial, de forma customizada, de maneira rápida e com custo competitivo é pioneira no Brasil. Bruno Henrique Ramos de Lima, Lucas Daniel Tognoli Leite e Tiago de Góes Conti, todos formados na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), são os sócios-fundadores da nChemi e desenvolveram este projeto, com apoio da FAPESP, ao se depararem com os altos custos de importação deste produto. A estimativa da startup é que a tinta nanoestruturada, produzida de acordo com as necessidades técnicas do CSEM, apresente as mesmas características do produto importado, mas com custo de apenas 15% do similar.
Segundo projeções da IDTechEx, o mercado global de eletrônica impressa e orgânica passará de US$ 26,5 bilhões em 2016 para US$ 69 bilhões em 2026, e o setor de impressão de grandes áreas de células solares flexíveis irá crescer 16,1%, alcançando US$ 23 bilhões em 2017.
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