Apoio do governo para a Indústria 4.0 é insuficiente

Por 19 de fevereiro de 2018

Em setembro de 2017, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciaram a criação do programa Rumo à Indústria 4.0. O professor Mário Sérgio Salerno, da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados (IEA), conta que o termo 4.0 foi criado na Alemanha e faz referência a uma série de tecnologias que estão sendo implementadas recentemente, tanto no chão de fábrica quanto na parte administrativa.

Foto: Agência Brasil

O professor explica que o tratamento de grande quantidade de dados ou big data poderia ser uma potencial área de atuação do Brasil dentro da Indústria 4.0. Além disso, a internet das coisas, que busca a comunicação de dados entre diversos objetos, também seria um foco interessante a ser explorado. De acordo com ele, o País está muito atrasado em relação ao contexto das grandes potências mundias, e  o programa do governo é interessante, mas não o suficiente, para suprir esse potencial, principalmente em relação ao financiamento de projetos.

A eficiência econômica dessas novas aplicações é outro tema recorrente. Salerno relata que, no futuro, essas tecnologias serão mais baratas e que sua implementação tornará todo o processo produtivo industrial mais em conta. Para ele, no entanto, existe um tempo de aprendizado até as empresas entenderem efetivamente o funcionamento dessas novas aplicações e suas consequências.

Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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