Ciência e guerra não combinam

Por 15 de março de 2022

A guerra entre Rússia e Ucrânia atinge não só a economia mundial ou os países diretamente envolvidos no conflito, mas despertou a atenção também da comunidade científica, provocando um posicionamento generalizado de cientistas e associações de pesquisadores no mundo todo, diz o professor Glauco Arbix. Da condenação verbal à guerra passou-se aos atos e vários países e associações científicas cessaram as colaborações com a Rússia, “o que não é bom para ninguém”, a começar pelos cientistas russos, dos quais mais de 650 assinaram uma carta aberta pedindo o fim das agressões contra a Ucrânia, chamando a guerra de injusta e sem sentido e afirmando que não há nenhuma justificativa racional para a invasão.

Segundo o colunista, as declarações dos cientistas russos deixam claro que não conseguem desenvolver o seu trabalho normalmente. “Para eles, a condução da pesquisa científica é impensável sem a completa e livre colaboração com colegas de todos os países do mundo”. Arbix teme que, caso a guerra prossiga, haja uma degradação cultural e tecnológica da Rússia. “A realidade é que a não provocada invasão da Ucrânia por tropas russas deflagrou uma avalanche de condenações por todo o planeta.” Tanto é assim que um encontro internacional previsto para acontecer em São Petesburgo, em julho próximo, promovido pela União Internacional de Matemáticos, deverá ser realizado apenas de forma virtual, tendo havido o cancelamento de uma série de palestras e pronunciamentos focados na matemática. Veja mais na Radio USP

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