Reportagem do Jornal da Globo. Acesse o site original com vídeo aqui.
Acesse também o site do Inovalab, mencionado na reportagem.
Uma pesquisa apontou que o Brasil vem ganhando posições no ranking mundial de inovação, resultado do incentivo que as universidades têm dado à criatividade e o emprendedorismo dos alunos.
Oto é estudante de química e depois de passar dias e noites misturando à mão substâncias em tubos de ensaio, decidiu facilitar a própria vida e agora trabalha na criação de um pipetador automático. Ideias como essa e espíritos empreendedores como esse fizeram o Brasil subir no Ranking Mundial da Inovação feito pela consultoria Thomson Reuters.
“Foi realmente incrível. Eu acho que a razão é o número crescente de estudantes que estão se formando e fazendo pós graduação nas universidades. Este é o capital humano que compõe o índice de inovação”, explica Colleen Shay, especialista em inovação da Thomson Reuters.
A pesquisa mostra que nos últimos 20 anos escalamos dez posições, mas ainda estamos atrás de países emergentes como a China e a Índia. No topo, Estados Unidos, China e Alemanha.
Tem muito conhecimento sendo produzido no Brasil. Acontece que grande parte dele fica dentro das universidades e uma descoberta cientifica só pode ser chamada de inovação quando chega ao mercado. A USP criou um laboratório onde só se estuda e trabalha para isso: criar soluções para os problemas das empresas.
Uma válvula automática de oxigênio, um aplicativo de celular que mostra o valor nutricional dos alimentos, uma ferramenta que aumente o conforto do passageiro de táxi é uma fábrica de ideias.
Em um grupo, existem estudantes de engenharia, marketing, administração e design. Todos os grupos são multidisciplinares. É mais fácil criar inovação, soluções para as empresas em um grupo multidisciplicar?
“Com certeza eu acho que um grupo multidisciplinar permite que você tenha diferentes ideias. Então cada um tem o seu ponto de vista. Tem o ponto de vista dos engenheiros, administradores e designers”, conta Kelly Wu, estagiária de administração.
“A gente está procurando formar o que a gente chama de inovadores, profissionais preparados a conduzir inovação na empresa. Ou seja, levar a tecnologia até produtos para a sociedade”, explica Eduardo Zancul, professor da Politécnica e vice-coordenador de Nova Lab.
Oto já sonha com a patente e a própria empresa. “Por enquanto, ainda não quero abrir empresa, mas a vontade vem crescendo cada vez mais conforme a gente vai melhorando o protótipo e crescendo com a ideia”, diz o químico Oto Werner Heringuer.
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