BRASILEIROS PRODUZEM PELE HUMANA EM LABORATÓRIO

Por 24 de julho de 2016

Torba Azenha

No Brasil a indústria de cosméticos fatura mais de R$ 42 bilhões por ano (o quarto mercado mundial) e está correndo para se adequar à lei que manda que a partir de 2019 todo novo produto de beleza deverá obrigatoriamente passar por testes dermatológicos em peles humanas reconstruídas. Os animais, ainda utilizados nesses experimentos, agradecem.

Na Europa e EUA vários laboratórios já estão comercializando as peles de laboratório, mas sua importação é bastante cara e complicada por ser material vivo, com validade de poucos dias.

Por aqui, um grupo de pesquisadores coordenado pela bióloga Silvya Stuchi Maria-Engler, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) vem reconstruindo a epiderme humana in vitro desde 2006 e está repassando esse conhecimento aos interessados por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Farmacêuticas da USP, a FipFarma. O Grupo Boticário e a L’Oréal do Brasil já estão envolvidos nessas pesquisas, mas, como todos, aguardam a regulamentação brasileira, hoje inexistente.

O desenvolvimento de peles de laboratório, apesar de impulsionado pela indústria cosmética, é fundamental para entender melhor o processo de envelhecimento e o tratamento de queimados.

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