Torba Azenha
A IBM mudou e está apostando tudo numa nova “cara”, o Watson, um sistema de inteligência artificial que fez a fama derrotando campeões de jogos (como o GO, recentemente), mas que é muito mais que isso. O Watson (e outros sistemas de Inteligência Artificial que concorrem com ele) pode ser treinado para responder perguntas sobre o assunto que você quiser através da análise de milhões de informações.
Mas para que ele se transforme em uma ferramenta poderosa é bom seguir os conselhos de um de seus primeiros usuários, o Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas.
A base de tudo é a alimentação do sistema com dados, informações. Como o Watson pode ler e entender documentos de qualquer tipo, você vai precisar limpar e ajustar seus dados para um bom “treinamento” no assunto desejado. Também é necessário fornecer a mais ampla gama de dados que puder. Para fazer com que o sistema auxilie, no caso, os oncologistas, ele precisa estar alimentado do maior número de informações sobre todos os históricos de pacientes com câncer possíveis.
Também não espere que o sistema tenha a capacidade de entender muitas e diferentes doenças. Foque seus esforços, primeiro, em um tipo determinado de câncer e amplie para outros domínios depois. E, para cada tipo de doença, isso pode levar meses. Todo esse trabalho pode ser recompensado quando, num caso, o sistema pode ajudar o médico a decidir o melhor tratamento baseado em evidências de milhares de casos.
Outro aviso dos texanos é para que nunca se espere que o Watson dê um sim ou não definitivo. Ele é somente uma ferramenta que vai apontar as melhores opções.
Um último e bom conselho: se prepare para aumentar gradativamente sua infraestrutura, você vai precisar para poder suportar todo o armazenamento e análise das diferentes bases de dados, assim como assegurar a ampla utilização do sistema por todos os médicos e pesquisadores.
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