A GRANDE CAÇADA AOS TALENTOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Por 22 de novembro de 2016Highlights, Inteligência Artificial

Torba Azenha

“Há trinta deles no pacote. Muitos são astrofísicos. Se você combina isso com nossos dados da aviação, teremos uma equipe matadora”. Quem disse isso foi o CEO da General Electric, Jeff Immelt, na coletiva a respeito da aquisição (valor não revelado) da startup Wise.io, californianos especialistas em “machine learning” e que tinham como missão “democratizar a IA”. Parece que esta missão ficou no passado.

A GE, assim como outras grande empresas, está se preparando para o futuro. Mas o talento para que isso aconteça é escasso. A solução está sendo simplesmente comprar empresas inteiras. Nos últimos anos, outros pesos pesados têm adquirido muitas startups de IA. O Twitter comprou a Mad Bits, a Whetlab e a Magic Pony. A Apple levou a Turi e a Tuplejump. A Intel adquiriu a Nervana. E não são apenas empresas de software e internet que estão comprando tudo. A Samsung (assim como a GE e outras) está incorporando IA em coisas físicas. Então, assim que surgem startups para pesquisar e inovar, elas são sugadas por empresas ricas (e famintas).

Bom para eles e ruim para as médias e pequenas empresas que precisam de bons pesquisadores e não podem frequentar esse “shopping”, onde a contratação de um especialista chega a custar o mesmo que um grande jogador de futebol.

A advogada Nicole Shanahan está sentido isso na pele. Sua startup, a ClearAccessIP, está construindo um software para analisar automaticamente portfólios de patentes. A empresa usa as mais recentes técnicas “machine learning”. Isso significa que Shanahan precisa de cientistas, pessoas com experiência em redes neurais e softwares. Ela está tentando contratar quatro pesquisadores mas não consegue. “Isso realmente nos retarda”, diz Shanahan.

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