Torba Azenha
“Há trinta deles no pacote. Muitos são astrofísicos. Se você combina isso com nossos dados da aviação, teremos uma equipe matadora”. Quem disse isso foi o CEO da General Electric, Jeff Immelt, na coletiva a respeito da aquisição (valor não revelado) da startup Wise.io, californianos especialistas em “machine learning” e que tinham como missão “democratizar a IA”. Parece que esta missão ficou no passado.
A GE, assim como outras grande empresas, está se preparando para o futuro. Mas o talento para que isso aconteça é escasso. A solução está sendo simplesmente comprar empresas inteiras. Nos últimos anos, outros pesos pesados têm adquirido muitas startups de IA. O Twitter comprou a Mad Bits, a Whetlab e a Magic Pony. A Apple levou a Turi e a Tuplejump. A Intel adquiriu a Nervana. E não são apenas empresas de software e internet que estão comprando tudo. A Samsung (assim como a GE e outras) está incorporando IA em coisas físicas. Então, assim que surgem startups para pesquisar e inovar, elas são sugadas por empresas ricas (e famintas).
Bom para eles e ruim para as médias e pequenas empresas que precisam de bons pesquisadores e não podem frequentar esse “shopping”, onde a contratação de um especialista chega a custar o mesmo que um grande jogador de futebol.
A advogada Nicole Shanahan está sentido isso na pele. Sua startup, a ClearAccessIP, está construindo um software para analisar automaticamente portfólios de patentes. A empresa usa as mais recentes técnicas “machine learning”. Isso significa que Shanahan precisa de cientistas, pessoas com experiência em redes neurais e softwares. Ela está tentando contratar quatro pesquisadores mas não consegue. “Isso realmente nos retarda”, diz Shanahan.
[…] problema para todas essas empresas é, como falamos recentemente em A Grande Caçada aos Talentos da Inteligência Artificial, encontrar os pesquisadores necessários para conduzir todo esse trabalho. A “deep neural […]