QUEDA NO PREÇO DA ENERGIA É TENDÊNCIA MUNDIAL

Por 7 de março de 2017Energia, Highlights

Torba Azenha

Alguns números divulgados na Austrália pela Climate Council dão as pistas para entendermos a grande reestruturação que está acontecendo no setor energético em todo mundo: o uso, cada vez mais intenso da energia solar, fez os preços caírem 58% nos últimos cinco anos. Até 2040 estima-se que os custos da energia tenham uma redução adicional entre 40 e 70%.

A transição para energias renováveis não é apenas necessária (continuamos a assistir os efeitos das alterações climáticas) mas também está se mostrando um grande negócio. Mais de 8 mil australianos já ocupam postos de trabalho na indústria solar, desde vendedores e fabricantes até eletricistas e instaladores. As projeções apontam que a energia renovável suprirá 50% das necessidades energéticas do país até 2030.
No mundo todo mais de 2,8 milhões de pessoas têm empregos nesta indústria (o dobro da tradicional indústria do carvão). A energia solar é mais barata, tem baixos custos de manutenção e não é poluente. Novos tipos de células solares surgem constantemente e já existe uma delas que pode até ser impressa em casa.
Em 2015, um estudo mostrou que os EUA poderia ser totalmente alimentado por energia renovável até 2050. Em 2016 quase toda a energia elétrica da Costa Rica veio de fontes renováveis. A Alemanha, num esforço (ver Recorde: Alemanha com 95% de energia renovável) para eliminar a energia nuclear, também está ampliando pesadamente o uso de energia limpa.
O Brasil também segue esta trilha. No nordeste a geração de energia eólica bate recordes. Nos últimos dias a empresa italiana Enel S.p.A, por meio de sua subsidiária Enel Green Power Brasil, anunciou o início das obras de construção da maior usina solar do Brasil, a Nova Olinda, localizada no Piauí. Quando concluída, será a maior da América Latina, com 292 megawatts em capacidade. O investimento total será de US$ 300 milhões.

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