Torba Azenha
Apesar de muita gente acreditar que os carros autônomos ainda não passam de um plano para um futuro distante, os fatos mostram que o domínio dos “driverless” está mais próximo do que se imagina.
O anúncio de que a empresa de seguros Root está oferecendo seguros mais baratos para proprietários de veículos Tesla que usarem o piloto automático é, talvez, a mais sintomática. Uma prova clara da confiança do mercado na inteligência artificial que controla os veículos.
Outra notícia de impacto foi a da aquisição (US$ 15,3 bilhões), pela gigante Intel, da Mobileye, empresa israelense que se especializou na produção de chips e câmeras para carros e caminhões usados na tecnologia “self-driving”. A Intel, que sempre reinou absoluta como a maior produtora de chips para PCs, percebeu que sua hegemonia começava a ser ameaçada pela ascensão de chips adequados à execução de redes neurais, sistemas matemáticos complexos que podem aprender tarefas através da análise de grandes quantidades de dados, incluindo o reconhecimento de imagens e a tradução de uma língua para outra. Inteligência Artificial.
Ninguém quer ficar para trás. A alemã Bosch acabou de fechar parceria com a Nvidia para desenvolver sistemas que possam ser produzidos em massa para servir como “cérebro” de veículos autônomos. Aliás, a Nvidia, líder em computação de IA, fez série de alianças com montadoras e fornecedores globais na corrida para aperfeiçoar veículos sem humanos ao volante. Antes do projeto Bosch, assinou acordos de colaboração com Volvo, Tesla, Audi, Mercedes-Benz, BMW, Honda e a chinesa Baidu.
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