Torba Azenha
A abertura dos Estados Unidos para investidores que procuram novas ideias e tecnologias para o desenvolvimento da inteligência artificial está sendo alvo de críticas de congressistas republicanos ligados à administração Trump. Eles temem que os chineses tenham acesso à importantes avanços obtidos nos laboratórios do Vale do Silício. Já acenam com uma lei restritiva para investimentos estrangeiros em tecnologia de ponta.
As grandes da tecnologia no país são contra e apontam que também neste quesito, Trump mostra um grande desconhecimento da realidade. A própria Casa Branca, em relatório de outubro de 2016, mostrou que a China ultrapassou os EUA como o maior produtor de artigos de pesquisas, no mundo das publicações, a respeito de “deep learning” desde 2013. E que a lacuna está se ampliando, afinal os chineses fizeram da inteligência artificial uma área prioritária tanto para a economia como para o uso militar.
Na verdade, pesquisadores chineses (e do resto do mundo) de IA nem precisam ir ao Vale do Silício para acompanhar as últimas novidades. A maior parte dos trabalhos sobre “deep learning” ocorre de forma aberta. Empresas como o Google e o Facebook não só publicam vários artigos detalhando suas últimas pesquisas, mas também abrem softwares e hardwares que usam para incentivar que mais gente se engaje nas pesquisas, para que elas evoluam mais rapidamente.
As líderes de IA americanas são categóricas em afirmar que o melhor caminho para os EUA (e para o mundo) é manter viva, vibrante e aberta a cultura de P&D. Elas se mostram realmente preocupadas com a postura da administração sobre imigração, que está afastando o talento (e o dinheiro) estrangeiro do país.
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