EMPREENDEDORISMO ARGENTINO

Por 10 de outubro de 2016Highlights, Pesquisa

Lucas Carvalho

Apesar da Argentina não estar na sua melhor fase econômica, apresentando indicadores de inflação elevados e retração do PIB, o governo de Mauricio Macri lançou recentemente o plano “Argentina Emprende” para tentar dar um novo rumo ao país. O plano (que segue o modelo adotado por Israel, que levou ao surgimento de empresas como o Waze por exemplo) é composto por programas de incentivo ao empreendedorismo e à inovação em pequenas e médias empresas, especialmente as startups, buscando estimular o fomento ao capital humano e o fortalecimento de ecossistemas de inovação.

As atuais iniciativas do governo complementam as leis sancionadas em julho de 2016, voltadas para as pequenas e médias empresas (Ley PyME), que procuram melhorar o ambiente de negócios, reduzindo barreiras burocráticas e fomentando incentivos para o seu desenvolvimento.

A redução da burocracia é peça chave. O governo pretende reduzir o tempo de abertura de empresas para 24 horas, inclusive pela internet. No mesmo sentido, novas figuras societárias foram propostas, como as SAS (Sociedade por Ações Simplificadas), um novo tipo de empresa que pode ser constituída por uma ou várias pessoas, físicas ou jurídicas. O governo avançou ainda na criação de fundos de financiamento específicos para empresas de base tecnológica com recursos direcionados a setores específicos, como o de biotecnologia e fármacos.

O plano tenta equacionar problemas que complicam a vida de quem quer abrir e fechar uma empresa. Como todos sabem, a burocracia não é um incômodo exclusivo dos argentinos. No Brasil, de acordo com dados do IBGE, de cada dez empresas, seis não sobrevivem após cinco anos de atividade, sendo que quanto menor a empresa, maior é o índice de “mortalidade”. E são necessários em média 83 dias para iniciar um empreendimento por aqui. Por isso mesmo, ações voltadas para eliminar obstáculos desse tipo são sempre bem-vindas, na Argentina e no Brasil.

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