Torba Azenha
As parcerias entre universidades e empresas são fundamentais para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) no país, principalmente com a escassez de recursos a que foi relegado o setor. Elas podem criar ambientes propícios para inovações em torno de uma meta.
Um consórcio desse tipo, que está funcionando muito bem, foi montado entre o Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Aché Laboratórios Farmacêuticos. Eles estão trabalhando juntos para estudar as enzimas, mais especificamente, as quinases, responsáveis por regular diversos processos biológicos e cruciais para se entender como funciona o corpo humano.
Para se ter uma ideia da importância deste estudo basta dizer que, em pleno 2016, apenas 40, das mais de 500 enzimas identificadas no genoma humano, foram estudadas de forma mais aprofundada e resultaram na elaboração de 31 medicamentos, a maioria para o combate ao câncer.
Outro ponto muito importante nesta parceria é o que estabelece que as descobertas não serão feitas de forma protegida ou proprietária, no estágio pré-competitivo da pesquisa. Elas serão publicadas e compartilhadas com pesquisadores de todo o mundo. Depois de validada, aí sim, a pesquisa se fecha e vai para indústria, que inicia as etapas de desenvolvimento de um novo medicamento de maneira sigilosa.
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