Glauco Arbix
Você conseguiria imaginar Star Wars sem lasers, naves de combate ou o seu infinito universo? Ou as cenas do Matrix sem a física do impossível comandando a trajetória das balas? Ou então o Titanic sem as águas do mar e o iceberg? Tente pensar na Alice in Wonderland sem o mundo ao seu redor. Ou no Jurassic Park sem dinossauros. Difícil.
Alguns podem não gostar, nem pela forma ou conteúdo. Mas dado seu impacto inegável, que arrasta milhões para os cinemas e TVs, as produções cinematográficas recentes despertam atenção por que, tudo indica, modulam a sensibilidade moderna. Mesmo que os efeitos especiais acompanhem o cinema desde sua origem, as tecnologias virtuais levam nossas percepções para além dos limites da realidade.
É o que está na raiz do sucesso do game Pokémon Go, que levou essas experiências para um oceano de gente, e não apenas crianças.
Analistas chamam de Augmented Reality, um termo que ganhou presença na mídia após o Google Glass, mas também com as holografias da Microsoft HoloLens e as inusitadas sensações oferecidas pelas experiências da Meta e Magic Leap.
Pokémon, palavra com origem em pocket e monsters, pertence à Pokémon Company, que é parcialmente propriedade da Nintendo. O game, na verdade, é fruto dos trabalhos da startup Niantic, que nasceu dentro do Google, ganhou luz própria e fez parceria com a Pokémon Company para criar o Pokémon Go.
Como jogo, modela novos negócios e abre horizontes impensáveis para as atividades econômicas e sociais.
As pesquisas atuais sugerem que os objetos virtuais podem interagir com a realidade cotidiana, ou, em outras palavras, que a realidade pode se fundir com as tecnologias digitais. Para nos divertir, claro. Mas também para ajudar, como ocorre crescentemente nas áreas da saúde, engenharia, arquitetura e nas humanidades.
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