IA pode contribuir para aumentar produtividade dos trabalhadores menos qualificados

Por 24 de maio de 2023

De acordo com pesquisa realizada por universidades dos EUA, as máquinas, quando utilizadas como complemento do trabalho humano, aumentam a eficiência da produção.

O professor Glauco Arbix retoma o tema da chamada inteligência artificial generativa, mais conhecida como ChatGPT, a qual, como seus similares e sucedâneos, representa um ponto de inflexão na trajetória da IA, pois a capacidade desse sistemas cresceu de modo a permitir que as máquinas façam tarefas que costumavam ser reservadas para trabalhadores mais qualificados, como escrever textos, criar códigos de computador, resumir artigos, debater ideias, organizar planos, traduzir, tornar as redações mais complexas e muitas outras. Os resultados causaram espanto por sua qualidade. “Ao mesmo tempo, muitas preocupações saltaram aos olhos diante dos problemas de sua estrutura, pela ausência de fontes de seus textos, pela falta de transparência, pela falta de compromisso com a veracidade dos fatos, para aquilo que se chama as alucinações, invenções ou distorções da realidade” que o ChatGPT  pode provocar”, adverte ele.
O colunista chama a atenção, porém, para uma nova geração de estudos, que começa a ver nesses modelos muito mais do que meros papagaios eletrônicos. O objetivo desses trabalhos, diz Arbix, é identificar o eventual valor social e econômico não pela imperfeição dessas máquinas, mas pelo potencial que portam e que podem ser utilizados por nós. “As perguntas que essas pesquisas estão fazendo são: será que com essas fragilidades, mesmo assim essas tecnologias podem trazer benefícios para a sociedade e podem se traduzir em ganhos significativos em cenários de um mundo real? Perguntas difíceis, que estão em aberto, mas que apresentam caminhos diferentes ao lado das previsões sombrias sobre o emprego, que a gente vê o tempo todo e que inundaram a internet e a TV.” Veja mais na Radio USP

 

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