Torba Azenha
Mais um gol dos neurocientistas: pela primeira vez um implante cerebral (não invasivo) ajudou uma paciente paralisada a se comunicar. O implante, sem fio, lê os sinais da atividade cerebral, converte-os em dados e envia sinalizações para um computador.
A paciente, de 48 anos, sofre de esclerose lateral amiotrófica e teve sua condição diagnosticada há oito anos.
Os pesquisadores do “Brain Center da University Medical Center de Utrecht” (Holanda) instalaram eletrodos na superfície do cérebro (leia o estudo aqui); um sobre a região que controla o movimento da mão direita e outro sobre a área que é usada para contar para trás. A interface estabeleceu uma ponte entre o cérebro e os dispositivos externos.
Antes disso, as interfaces cérebro-computador tiveram pouco êxito. Não se integravam no dia-a-dia dos pacientes, exigiam recalibrações diárias e acompanhamento técnico.
O novo sistema se mostrou confiável, é autônomo e funciona em casa, sem qualquer ajuda externa. Depois de seis meses de treinamento, a paciente desenvolveu 95 por cento de precisão na interação com o dispositivo. Ela foi capaz de se comunicar soletrando palavras e até mesmo se divertiu com alguns jogos mais simples.
Esta nova interface cérebro-computador também é importante porque mostra que controlar computadores e outros equipamentos com nossos pensamentos está saindo dos livros de ficção científica.
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