Glauco Arbix
A chinesa Midea, fabricante de eletrodomésticos, detém agora 85,6% das ações da empresa de robótica alemã Kuka, após meses de negociação. O que nasceu como uma tentativa de controlar cerca de 40% da Kuka, terminou com praticamente uma aquisição total de uma das empresas-chave para o projeto Indústria 4.0, que concentra hoje todas as atenções do governo e do empresariado alemão.
A Kuka é uma das quatro grandes que lideram a robótica mundial. Exatamente por isso, desde o início, o anúncio dos planos da Midea foi motivo de forte apreensão não só de alemães, mas também dos demais europeus, americanos, japoneses e coreanos e todos os que utilizam intensamente a engenharia de automação (ver O Sonho Chinês e o Pesadelo Alemão).
Agora, com o resultado final revelando-se ainda maior do que o esperado, a luz amarela cedeu lugar à vermelha.
Apesar de dirigentes da Kuka reiterarem que a empresa continuará alemã, é difícil ignorar que a China marcou um gol de placa. Mesmo com o acordo que assegura que empregos e plantas industriais permanecerão na Alemanha, pelo menos até 2023, e com a promessa da Midea de não buscar o domínio completo da Kuka, as imagens de uma China dominando tecnologias de alto desempenho têm o poder de amedrontar muita gente. .
O fato incontornável é que que os agressivos planos de transformar em high-tech a manufatura chinesa até 2025 começam a ganhar claramente contornos de realidade.
[…] crescendo em bom ritmo e não querem perder o barco da manufatura avançada. Estão comprando (ver Robôs alemães agora falam mandarim) ou se associando aos gigantes mundiais do setor. O governo, por sua vez, promove vários planos de […]
[…] chinesa, o que comprova a robustez que vem adquirindo essa indústria no país, inclusive com aquisições internacionais de peso. A taxa de crescimento de robôs fabricados na China que entraram no mercado aumentou em […]
[…] sejam vendidas para empresas de outros países. Depois de perder a Kuka para os chineses (ver ROBÔS ALEMÃES AGORA FALAM MANDARIM) agora o CEO da Tesla, Elon Musk, anunciou a compra da alemã Grohmann Engineering, para ajudá-lo […]
[…] é resposta às recentes aquisições de duas empresas de ponta alemãs, a Kuka, pelos chineses, da Grohmann Engineering, pelos norte-americanos e ainda a compra (pendente) da Osram Licht AG pela […]